quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Seminário Políticas Públicas: Juventude em Pauta

 No Twitter a @ está fazendo cobertura em tempo real do Seminário Políticas Públicas: Juventude em Pauta. Acompanhe!
Acompanhe também o seminário ao vivo:

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

“It Gets Better” — Love, Pixar

Vídeos de apoio para evitar que adolescentes homossexuais tentem cometer suicídio.

A famosa produtora de filmes Pixar, responsável por diversos clássicos do cinema moderno (tipo Toy Story e Nemo, se você é de Marte e não sabe do que estamos falando), publicou um vídeo com depoimentos de seus funcionários homossexuais. A postagem serve de apoio para evitar que adolescentes homossexuais tentem cometer suicídio.

Com a trágica onda de suicídios entre adolescentes homossexuais que atingiu os Estados Unidos, o bullying homofóbico é o novo alvo das pessoas de bem. Mas parece que um dos focos principais é fazer com que os adolescentes percebam que não é errado ser homossexual e que as pessoas devem se aceitar que uma hora tudo vai melhorar. E vale a pena aguentar um pouco antes que tudo melhore.

A campanha It Gets Better (algo como "Vai Ficar Melhor") procura mostrar aos adolescentes que eles devem dar mais atenção ao seu futuro e à exemplos de gays bem sucedidos, do que aos preconceituosos valentões da escola ou da rua.

Justin AaberBilly LucasCody BarkerAsher BrownSeth WalshRaymond Chase Tyler Clementi são alguns dos nomes de jovens adolescentes que não aguentaram a pressão de colegas ignorantes. Exemplos trágicos de uma moda que deve sair o mais rápido possível dos armários.

Diversas entidades e pessoas famosas participam da campanha. Desde o presidente americanoObama (você pode ver o vídeo no final do artigo), até anônimos da internet, a campanha já passa de 5 mil vídeos e 15 milhões de visualizações. A Pixar é uma das últimas grandes adições a essa lista, que já inclui celebridades como Justin Bieber, atores de GleeBrothers and Sisters e por aí vai.

Resumidamente, o vídeo apresenta funcionários gays do brilhante estúdio, que contam o tanto que sofreram e como tudo melhorou depois que eles se encontraram na vida pessoal. Por mais que tudo pareça perdido e que você nunca vá encontrar pessoas que te aceitam, isso muda, tudo fica melhor.

Eles contam como sobreviveram à parte ruim e contam como é a parte  boa. Provam que é possível ser feliz e viver uma vida completamente normal, independente da sua orientação sexual. Infelizmente o mundo todo ainda não entendeu, mas existem muitos lugares que não são como a sua escola ou a sua família, lugares em que você pode ser você mesmo, conhecer pessoas novas que te aceitam e te amam.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

23/11/2010 16:46

Comissão especial aprova Estatuto da Juventude

Comissão Especial do Estatuto da Juventude (PL 4529/04) aprovou há pouco o substitutivo da relatora, deputada Manuela D Ávila (PCdoB-RS). A relatora ressaltou que a aprovação do texto é resultado de um “grande esforço para incluir todas as sugestões dos parlamentares e das entidades representativas dos jovens”, com o objetivo de criar um marco legal na área.
Manuela D Ávila lembrou que o estatuto ainda será discutido e votado pelo Plenário, “onde haverá espaço para os demais deputados, que não participaram da comissão especial, opinarem sobre o texto”.
O Estatuto da Juventude assegura uma série de direitos para jovens, incluindo meia passagem no transporte interestadual e intermunicipal e meia-entrada para estudantes em eventos culturais e de lazer.
Antes da aprovação, a relatora fez uma mudança no texto: retirou a parte que garante às instituições juvenis "assento junto aos órgãos da administração pública e das instituições de ensino públicas e privadas".

Íntegra da proposta:

Reportagem - Maria Neves
Edição - Daniella Cronemberger

Fonte:http://www2.camara.gov.br

terça-feira, 23 de novembro de 2010

22/NOV/2010 - Site para público jovem leva informação sobre a Lei Maria da Penha para estudantes do ensino médio

Data: 22/11/2010
Redes sociais, enquetes, fóruns, biblioteca, quiz e podcastings, animações e vídeos com situações do dia-a-dia, tais como a violência contra as mulheres se apresenta. Esses são os conteúdos da plataforma jovem “Violência contra as Mulheres – Quebre o Ciclo” (www.quebreociclo.com.br), que será apresentada amanhã (23), às 10h, na Estação Pinacoteca, em São Paulo (SP).
A iniciativa do Unifem Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher – parte da ONU Mulheres), com investimento do Instituto Avon, tem como alvo jovens e profissionais de Direito e Justiça e faz parte das campanhas mundiais “Una-se pelo fim da violência contra as mulheres”, convocada pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, e “Diga NÃO – UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres”, liderada pela embaixadora do Unifem-ONU Mulheres, Nicole Kidman.
A Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) apoia a iniciativa juntamente com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria Nacional da Juventude, Ministério da Justiça, Corregedoria Nacional de Justiça, Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Associação dos Magistrados do Brasil, Instituto Maria da Penha, entre outras instituições.
Com o slogan “Violência contra as Mulheres – Quebre o Ciclo”, os portais estimulam a conscientização da juventude, especialmente estudantes do ensino médio sobre violações dos direitos humanos das mulheres por meio de violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. A proposta é ampliar o debate e a rede de proteção às mulheres em situação de violência, agregando novos públicos e estratégias para incentivar o acesso das mulheres à justiça.
A plataforma jovem é um ambiente de informação e conhecimento também para professores, oficineiros e facilitadores de grupos. No Guia do Educador, há sugestões de conteúdos e atividades que poderão ser utilizados em sala de aula, oficinas e grupos de reflexão. 
Apoio à causa - Jovens e especialistas de gênero contam como a juventude pode atuar para prevenir a violência contra as mulheres. Os visitantes contam com espaço para compartilhar suas histórias e manifestar apoio à prevenção da violência contra as mulheres, assinando a seção “Apoie essa causa”. 
Os internautas também podem conhecer a ampla rede de parceiros e sites sobre a violência contra as mulheres e a Lei Maria da Penha, além de ativar o recebimento da newsletter “Violência contra as Mulheres – Quebre o Ciclo”.’ Denúncias de casos de violência e informações sobre a Lei Maria da Penha devem ser esclarecidas pelo serviço telefônico Central 180 de Atendimento à Mulher, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, disponível 24 horas por dia, inclusive finais de semana e feriados.
De acordo com dados das agências da ONU, a violência é a principal causa de morte ou deficiência de meninas e mulheres entre 15 e 49 anos.  “Na América Latina, mulheres entre 30 e 34 anos formam o grupo mais vulnerável à violência física. Esse tipo de violência já é registrado em 27% das adolescentes. O quadro nos coloca novos desafios, como o envolvimento de escolas, universidades e grupos de jovens no enfrentamento daviolência contra as mulheres jovens”, completa Tavares.

Ao doar, em 2008, R$ 1,5 milhão para que o UNIFEM desenvolvesse os portais e projetos na área de enfrentamento da violência contra as mulheres, o Instituto Avon se alinhou aos esforços internacionais da Avon na luta contra a violência. Em 2004, globalmente, a Avon criou a campanha mundial Speak Out against Domestic Violence – no Brasil “Fale sem Medo – Não à violência doméstica” – e, desde então, a Avon Foundation for Women, já destinou mais de US$ 16 milhões ao combate global da violência contra as mulheres.

O lançamento dos portais amplia os horizontes da Campanha Fale Sem Medo – Não à violência doméstica, do Instituto Avon, que se une ao movimento internacional “16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero”. A celebração se inicia em 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, data em que três irmãs da República Dominicana foram assassinadas em seu país, há anos.
Lançamento dos portais de internet “Violência contra as Mulheres – Quebre o Ciclo” (www.quebreociclo.com.br)
Data: 23 de novembro (terça-feira)
Local: Estação Pinacoteca
Endereço: Largo General Osório, 66 - São Paulo
Horário: das 10h às 13h30

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ELEIÇÃO AUTODEFENSORES GESTÃO 2011 A 2013  


APAE ITABIRA

Os termos autodefensoria (self-advocacy) e autogestão referem-se ao processo de autonomia e participação de pessoas com deficiências, na medida em que se engajam pessoalmente na luta pela defesa de seus direitos, tomando suas próprias decisões a respeito de suas vidas, reivindicando voz e espaço para expressar suas idéias, desejos, expectativas e necessidades. Autodefensoria é ao mesmo tempo uma filosofia, um movimento político e um programa de suporte psicoeducacional. A deficiência intelectual é uma condição orgânica, incapacitante, que traz dificuldades e limitações para a vida acadêmica e social do indivíduo que serão maiores ou menores dependendo do seu grau de comprometimento. Isso é fato. Porém, é fato também que o grau de desenvolvimento e maturidade que uma pessoa - tenha ela uma deficiência ou não - será capaz de atingir, não depende unicamente de fatores internos, mas, sobretudo, do tipo de oportunidade que ela terá em sua vida. E que desenvolvimento ou projetos de vida poderão ter seres humanos, que desde a infância foram socializados para a incapacidade, a restrição e a dependência?
A verdade é que raramente é dado às pessoas com deficiência, em geral, e especificadamente, aquelas que têm deficiência mental, a oportunidade de aprender a se impor no mundo, a expressar seus sentimentos e desejos, a se arriscar e lutar por aquilo que almejam ou em que acreditam. Não se transmite a elas a idéia de que são capazes de tomar decisões a respeito de seu destino, e a assumir a responsabilidade por elas. Muito menos lhes são ensinados os meios para tal.
Aí elas continuam caladas no seu canto, passivamente recebendo o que lhes é oferecido pelo conjunto de pessoas, profissionais e familiares, que atuam como intermediários em sua relação com o mundo. Cristaliza-se, assim, um círculo vicioso: não se dá espaço para o indivíduo com deficiência falar - ele fica calado - e nós continuamos falando por ele, pois ele “não tem nada a dizer”!
Mas quando lhes damos a palavra, encontramos um quadro bastante diferente do esperado, pois essas pessoas têm sua própria compreensão de si mesmas, sua situação de vida e suas experiências, a qual é, freqüentemente diferente da dos seus familiares e profissionais.
Para garantir o direito à cidadania plena, a pessoa com deficiência precisa, primeiro, aprender a defender seu espaço, como se diz, garantir “o seu lugar ao sol”. E aí é que entra, justamente o conceito de autodefensoria ou autogestão. Este movimento que, como já mencionado, engloba tanto o aspecto político como o educacional (no sentido amplo do termo) se norteia por quatro princípios ou diretrizes fundamentais: a eliminação de rótulos, identidade, autonomia e luta pelos direitos.

No entanto, independente do tipo ou grau de deficiência, todas as pessoas têm o direito de se auto-determinarem, e terem gestão sobre sua própria vida. Precisamos reverter a tendência histórica de “superproteger” nossos filhos, amigos, alunos ou clientes com deficiência, a falar por eles. Precisamos mudar nossa mentalidade, nossa maneira de atuar em relação aos nossos alunos e /ou pacientes , e deixar cada vez mais que eles tomem a palavra, que expressem seus desejos, e descubram, através de seus fracassos e derrotas, a melhor maneira de fazer com que seus direitos sejam respeitados.
É preciso que tenhamos consciência que suas vidas são deles e não nossas, e são eles que, dentro de suas possibilidades – que certamente são maiores do que a priori acreditamos – têm que lutar para que suas vidas sejam o mais criativas, independentes e significativas possível.

Hoje,nossos alunos tiveram sua vontade respeitada. Com 6 candidatos pleiteando as vagas de autodefensores para compor a chapa da diretoria que terá sua votação amanhã,os alunos votaram no casal que eles queriam para representá-los.
Casal eleito: Kléber Ferreira Souto
                     Simone Alexandra de Oliveira
Fonte:
GLAT, R. Somos iguais a vocês: depoimentos de mulheres com deficiência mental. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1989.
_______. Estudos sobre auto-percepção: uma contribuição teórico-metodológica para o processo auto-defensoria de pessoas com necessidades especiais. In: Anais do VIII Congresso Estadual das APAEs de Minas Gerais, v. 1, p. 37-39, 2002.
_______. Auto-defensoria para pessoas com deficiência mental: uma proposta psicoeducacional. Teleconferência para Curso de Especialização à Distância em Educação Especial Inclusiva, PUC-Minas / Federação Estadual das APAEs de Minas Gerais, 2004.
_______. A integração social dos portadores de deficiências: uma reflexão. Rio de Janeiro: Editora Sette Letras, 2004 (3ª ed).
_______ e Fellows, M. B. A pessoa portadora de deficiência defendendo seus direitos. XIX Congresso Nacional das APAEs, Belo Horizonte, MG, 1999.
People First . Self-advocacy and Rights. Toronto: People First of Canada, mimeo.
Perske, R. The dignity of risk. In: Wolfensberger, W (Ed.). The Principle of Normalization in Human Services. Toronto: National Institute of Mental Retardation, 1972.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CURSO VIRTUAL DE FORMULAÇÃO E GESTÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE

O segundo Curso Virtual de Formulação e Gestão em Políticas Públicas de Juventude realizado pela Universidade da Juventude ocorrerá a partir de 17 de janeiro até 13 de fevereiro de 2011.

O Curso Virtual de Formulação e Gestão em Políticas Públicas de Juventude visa fortalecer as competências individuais e institucionais dos atores estratégicos envolvidos na formulação, gestão e no controle social de planos, estratégias e programas de juventude, principalmente os gestores e as lideranças jovens relacionadas com as políticas públicas de juventude no Brasil.

O programa acadêmico está estruturado em 4 módulos de aprendizagem, com a carga horária de 40 horas durante o período de quatro semanas.

A inscrição para esse curso está aberta a partir de 17 de novembro de 2010 por meio desse site:  
http://universidadedajuventude.org.br/cursoppj/

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Movimentos estudantis

28 de setembro de 2010 | 0h 00  - O Estado de S.Paulo
O movimento estudantil no Brasil tem hoje causas tão distintas como a disputa por recursos do pré-sal, a inclusão social e a redução da tarifa de ônibus. Melhor, então, falar no plural, de movimentos estudantis. Apesar da partidarização excessiva e das contestações à liderança da União Nacional dos Estudantes, há coisas novas no front. As cotas, por exemplo, levaram à universidade um público que se mobiliza por medidas práticas, não slogans distantes. Mesmo a militância tradicional modificou seu modelo de atuação, com as redes sociais.
"Eles utilizam intensivamente as novas tecnologias de informação e comunicação, que também funcionam como instrumentos de participação, mobilização e criação de identidade", diz o pesquisador Breno Bringel, do Grupo de Estudos Contemporâneos da América Latina da Universidade Complutense de Madri. Para ele, a nova militância pode ser chamada de "geração Fórum Social Mundial" - jovens que acreditam num outro mundo possível, embora não saibam ao certo como chegar lá. "Talvez essa seja sua maior riqueza, ter diálogos diferentes da esquerda."
O atual presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, Marcelo Chilvarquer, acha que o movimento estudantil ainda é um espaço privilegiado de discussão. "Apatia é o que não tem aqui. Temos amor ao debate. É o preço da democracia." Seu opositor nas Arcadas, Francisco Brito Cruz, da chapa Fórum de Esquerda, concorda. "É muito emocionante defender uma ideia na qual você acredita."
A USP, aliás, é um bom espelho da fragmentação do movimento. Além da chapa que comanda o Diretório Central dos Estudantes, há dezenas de correntes atuantes, como o Movimento Negação da Negação, Grupo de Mulheres Pão e Rosas, Movimento A Plenos Pulmões e Liberdade USP. Eles defendem direitos das mulheres, homossexuais e negros, um mundo mais "igualitário" e causas específicas, como a ampliação das linhas de ônibus na Cidade Universitária.
Para o doutorando em Literatura Brasileira Dário Neto, de 33 anos, o espaço da militância se tornou mais plural. Engajado, ele já participou de greves na USP, mas se sentia discriminado por ser homossexual. "Aconteciam manifestações homofóbicas, piadas. Não há como lutar pela articulação do estudante se isso não leva em conta toda a sua diversidade." Ele incentivou a criação do Prisma, grupo de discussão sobre gênero ligado ao diretório.
Como Dário, membros de cada corrente tentam convencer colegas da urgência de sua causa. "É difícil envolver e organizar. Ainda há preconceito de que política é para políticos profissionais. Queremos quebrar essa visão", diz Natalie Drummond, filiada ao PSOL e integrante da chapa Para Transformar o Tédio em Melodia, que controla o DCE.
Adversário de Natalie nas últimas eleições para o diretório, o aluno de História Rodrigo Souza Neves, de 23, da Liberdade USP (antiga chapa Reconquista), vê excesso de influência partidária no DCE. "Somos a favor da democracia representativa, eles defendem o socialismo e não toleram divergências. Nós nos preocupamos com questões internas, como linhas de ônibus no câmpus. E eles, com a reforma agrária."
Mudança no Sul. Privilegiar temas do interesse direto de estudantes é uma bandeira que tem sido levantada em outros Estados também. Em novembro, após 40 anos de domínio da esquerda, uma chapa apartidária venceu a eleição para o DCE da Federal do Rio Grande do Sul, universidade onde estudou a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Seu presidente, o aluno de Administração Renan Pretto, de 20, defendeu na campanha mais segurança no câmpus, item irrelevante na agenda da militância mais revolucionária. Para alguns universitários, a eleição no DCE representou uma "invasão da direita" na UFRGS. "Os outros grupos estão mais preocupados com questões externas, ligadas ao Irã e ao Iraque, por exemplo", rebate Pretto.
Na Federal de Minas, o DCE tem, pela primeira vez, perfil suprapartidário - a maioria é de esquerda, mas também há um representante do PSDB. "Nosso objetivo é fazer uma gestão voltada para a universidade, que garanta o funcionamento do DCE, e não o seu aparelhamento", diz o estudante de Engenharia Pedro Coelho Silva, de 20 anos, coordenador-geral do diretório. Filiado ao PT, ele tem um discurso pragmático. "Nossa gestão costuma ser criticada pela relação saudável com a reitoria, mas a gente não concorda com a prática de brigar, confrontar, ocupar. Essa forma de diálogo tem dado mais resultado que os outros métodos."
O DCE participou das discussões que levaram a UFMG a adotar, em maio, o Enem como primeira fase do vestibular 2011. "Era algo que vinha sendo adiado pela reitoria."
A aluna do 4º ano de História da PUC-SP Dayana Biral, de 24, também acha possível conciliar correntes diferentes, desde que os centros acadêmicos sejam autônomos. "Mas os estudantes podem ser filiados a partidos", diz Dayana, que milita no PSTU desde os 14 anos.
Para o professor de Ética e Política da Unicamp, Roberto Romano, porém, os partidos transformaram o movimento estudantil em "correia de transmissão" de palavras de ordem. "É muito difícil fazer paralelos com o movimento do passado", diz Romano, sobre a comparação com a militância contra o regime militar.
"O movimento estudantil hoje não exerce função universitária de pensar, discutir com profundidade e ir à população. Transforma tudo em slogan. Os partidos controlam, mandam, decidem", afirma. "Hoje o movimento é um imenso curral eleitoral para jovens políticos que querem chegar ao poder. Não há nada que os ligue aos símbolos da resistência à ditadura ou a movimentos de ética na política, como na mobilização contra o Collor."
"Chapa-branca". Parte da confusão sobre os rumos do movimento estudantil é atribuída à UNE pelo pesquisador Otávio Luiz Machado, do Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia da Federal de Pernambuco. Como a maioria de seus membros é filiada ao PCdoB, que apoia o governo federal, a entidade tem sua representatividade questionada desde a eleição de Lula, em 2002. "Hoje a UNE é chapa-branca, vejo um bom-mocismo financiado por recursos públicos."
O presidente da UNE, Augusto Chagas, se defende. Ele afirma que hoje 92% dos DCEs mandam delegações para os congressos anuais da entidade. "A UNE está mais plural do que nunca", diz. Integrante do DCE da Uninove, Clairton Ferreira é bem menos entusiasmado com a entidade. "O modelo da UNE é um mal necessário."
A mais emblemática luta encampada pela UNE no último ano é brigar para que a educação receba 50% da renda do pré-sal. Mas ela também abraçou causas práticas, como a ampliação das moradias estudantis. A pressão para isso vem das "bases", de gente como o presidente do DCE da UFPE, Daniel Pires, que luta para reabrir o restaurante universitário e torná-lo gratuito. Acha que, com bandeiras como essa, vai superar a apatia no câmpus. "Esperamos que os alunos comecem a ser atraídos para participar."
A última grande mobilização estudantil depois do "fora Collor" teve origem numa reivindicação de ordem prática. Em Florianópolis, por dois anos seguidos, 2004 e 2005, os estudantes fecharam os acessos à cidade para protestar contra a tarifa de ônibus, na "Revolta das Catracas". O secretário geral do DCE da Federal de Santa Catarina, Marino Mondek, diz que as manifestações podem ser retomadas, porque em setembro os vereadores aprovaram licitação que permite às empresas operarem ônibus pelo longuíssimo prazo de 35 anos, renováveis por mais 35. "A ideia é fazer um abaixo-assinado. Mas se tivermos que ocupar espaços, não recuaremos."

Cotistas. Bandeiras como a dos estudantes catarinenses tendem a ganhar força com a presença crescente da classe C nas universidades, via sistemas de cotas ou programas como o Prouni. Entra o "Ônibus Barato Já", sai o "Ianques, fora do Iraque". "Hoje, o movimento estudantil é propositivo", diz Fernando Maltez, diretor do DCE da Federal da Bahia. "A gente luta pela ampliação do número de vagas, pelo aumento da assistência estudantil, contra a falta de professores."
"Há uma série de ações que precisam ser melhoradas", diz a aluna de Serviço Social Liliane Oliveira, que entrou na Federal da Bahia, em Salvador, graças às cotas. Para ela, depois de permitir o acesso ao ensino superior, é preciso garantir apoio financeiro aos cotistas. "Isso interfere na permanência deles na universidade. A bolsa-pesquisa, por exemplo, de R$ 300, mal paga o transporte." 

Jovem fotógrafa brasileira participará de

oficina promovida por UNICEF e WPO

Brasília, 27 de outubro – A brasileira Giuliane Bertaglia Correia, 16 anos, faz parte do grupo dos seis jovens vencedores do concurso de fotografia internacional promovido pelo UNICEF e pela World Photo Organisation (WPO). Como prêmio, eles viajarão para a Etiópia esta semana para participar de um workshop exclusivo coordenado pelo aclamado fotógrafo Reza.
A oficina EYE SEE, que terá como tema os direitos das crianças, é um projeto apoiado pela Sony Corporation e pelo UNICEF para oferecer às crianças de todo o mundo a oportunidade de expressar e compartilhar suas experiências por meio da fotografia digital.
Giuliane participará da oficina em Awassa (270 km ao sul da capital Adis-Abeba), de 31 de outubro a 4 de novembro de 2010, com crianças e adolescentes de Israel, Marrocos, Nova Zelândia, Romênia e Estados Unidos e Etiópia. Ela venceu o concurso com uma foto de uma criança observando a cidade pela janela. Segundo ela, a imagem representa o direito de cada criança à sobrevivência e ao desenvolvimento. "Na minha foto, eu abordei dois conceitos diferentes: sobreviver e viver. Uma criança que sobrevive não vive, necessariamente. Viver remete-nos ao amor, à felicidade, ao sucesso, enquanto sobreviver significa apenas existir."
Paulista de Araçatuba, Giuliane está cursando o ensino médio e pretende estudar Direito. "Eu li sobre o concurso e percebi que o conceito da iniciativa tinha uma semelhança com meus próprios objetivos. A fotografia é um dos melhores recursos para revelar faces, reações e sentimentos humanos."
Além da brasileira, venceram o concurso Rachita Castelino (16 anos), da Nova Zelândia; Ioana Velescu (de 18 anos), da Romênia; Chyi-Dean Shu (17 anos), dos Estados Unidos, Imane Tirich (19 anos), dos Marrocos; e Mariya Maximenko (16 anos), de Israel.
Também participarão da oficina integrantes de 10 centros de juventude dos estados etíopes de Adis-Abeba, Amhara, Oromia, Região das Nações, Nacionalidades e Povos do Sul e Região Tigré que têm recebido o apoio do UNICEF para a compra de equipamentos de produção e capacitações como parte de um programa desenvolvido para promover a participação de adolescentes.
No ano passado, para marcar o 20º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, celebrado em 20 de novembro, os seis vencedores estavam entre milhares de jovens de todo o mundo que enviaram fotografias com textos sobre os direitos à sobrevivência, à educação, à saúde, à proteção contra o abuso e exploração e a ser ouvidos. Embaixadores do UNICEF, como David Beckham e Ewan McGregor, também produziram fotos e fizeram apelos pedindo o apoio à causa da infância juntamente com respeitados fotógrafos como Reza, que será o coordenador da oficina na Etiópia.
Reza, que presidiu o júri, afirmou: "A fotografia tem um papel cada vez mais importante em relações humanas. A fotografia digital vai, sem dúvida, ser uma linguagem comum e universal para as próximas gerações. A ação do UNICEF para os jovens, dando a eles a possibilidade de usar essa nova ferramenta para superar a barreira da língua, é um novo passo rumo a um futuro melhor".
"É um grande privilégio para a WPO e seus membros trabalhar com o UNICEF e o EYE SEE, ajudando a dar a esses jovens as habilidades e equipamentos para que possam. por meio da fotografia. comunicar questões importantes para eles", disse Astrid Merget, diretora de Criação da WPO.
Ted Chaiban, representante do UNICEF na Etiópia, disse: "O UNICEF tem o prazer de ser anfitrião desse seminário para esses seis talentosos jovens fotógrafos, ao lado de 24 crianças da Etiópia. Esperamos que todos os participantes recebam informações valiosas sobre os desafios enfrentados por meninas e meninos na Etiópia e continuem a usar a fotografia para defender os direitos das crianças".
A Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) foi adotada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de novembro de 1989 e estabeleceu um conjunto de direitos fundamentais para proteger todas as crianças e adolescentes contra a violência, discriminação e danos. Atualmente, a CDC é assinada por quase todos os países, o que a torna o acordo de direitos humanos mais amplamente ratificado no mundo.
Mais informações
Rachel Duffield/Jill Cotton
Colman Getty – World Photography Organisation
Telefone: +44 (0)20 7631 2666
E-mail: rachel@colmangetty.co.uk ou jill@colmangetty.co.uk
Ju-Lin Tan
UNICEF
Telefone: + 44 (0)20 7375 6069
E-mail: julint@unicef.org.uk

terça-feira, 26 de outubro de 2010

JOVENS E SUAS ESCOLHAS PROFISSIONAIS


Jane Patrícia Haddad, Psicopedagoga com formação psicanalítica, professora convidada do curso de psicopedagogia do UNI-BH, palestrante e consultora
Ser ou não ser? Eis a questão. Aprender para quê? Onde vou usar o que aprendo na escola e na universidade? Que profissão vou escolher? Será que estou na faculdade certa? Vou conseguir ganhar dinheiro com “isso” que vou escolher? Essas são questões que escuto diariamente em meu consultório, onde atendo jovens e adultos, ora com rótulos de “fracasso escolar”, ora com dúvidas sobre suas escolhas profissionais, ora com “depressões”...E tudo mais que possa ter um nome para justificar o mal-estar humano. Como se a dúvida não fizesse parte do processo humano.
Será que estamo criando crianças e jovens apenas no Princípio do Prazer?
O momento é de nós, adultos, nos perguntarmos: esses jovens apresentam problemas? Não seria ausência do desejo de saber? Saber sobre o que estão vendo todos os dias? Não seria isso que eles tentam negar que “sabem”? Nós, adultos, já sabemos o que queremos “ser”? Ou, melhor, sabemos de fato quem somos? Nossos jovens são chamados diariamente pela mídia a “olhar” seus rótulos: “Estar no mundo sem rumo, sem objetivos, sem projetos... vivendo apenas o aqui e agora”. “Jovem espancando alguém... Jovem roubando para...” Pergunto se todos jovens são iguais, com as mesmas marcas. Que mensagem estamos passando para eles? É possível falar em “ser”, aprender e fazer escolhas, quando não se sabe nem quem se é? Quais são as marcas singulares de cada um deles? A que olhar eles estão respondendo? Ou, melhor, a que olhar estão se calando? “O pensamento pode ver, mas dele fica excluído o olhar.” O olhar de quem não quer ver! O olhar de quem se nega a colocar as máscaras estabelecidas por inimigos impalpáveis. Há um vazio presente. Podemos dizer que é um vazio existencial num tempo que passa e nos faz acostumar. A juventude nada mais é do que o reflexo do nosso momento atual, o espelho do nosso olhar, ou melhor, da visão “ato fisiológico” em que nos encontramos. Adultos “kids”, com medo de crescer, medo de se responsabilizar pelas próprias escolhas, políticos narcisos que se escondem atrás do pseudo poder, à violência diária (vírus da normalidade) sem punição, sem lei, caos aéreo com dezenas de vítimas e sonhos rompidos, crianças mortas ou desaparecidas, momentos de incertezas, desemprego. Enfim, momento de desprazer. Há transição de paradigmas nos quais nos deparamos com ausência de modelos adultos.
Estamos numa sociedade de excesso, nada pode faltar, sendo que nós, seres humanos, somos seres da falta. Essa falta é que nos move, nos coloca a buscar. É ela que nos mantém vivos. A frustração, o “não”, o erro deve ser encarado como processo de crescimento. O Momento é novo e pede um novo olhar sobre o como fazer.
O que se busca quando se quer aprender algo? Acredito que, a partir dessa pergunta, é possível refletirmos sobre o que se quer? O principal é saber desejar e orientar os jovens a sair do “quietismo” que os paralisa. Com a nossa permissão, desejarão se mobilizar para o saber de si, para depois saber do mundo e poder fazer escolhas. Saber é sustentar o próprio desejo, o que implica em se responsabilizar pelo mesmo. O grande desafio atual é tentar ler nas entrelinhas o discurso não dito e tentar olhar além da visão. É se perguntar o que está acontecendo no mundo. Vivemos num tempo sem tempo, em que o saber é confundido com o “adquirir” excesso de informação e de coisas.

sábado, 23 de outubro de 2010

Jovens celebram 25 anos do Dia Nacional da Juventude

Publicado por: ana.santos, em 20/10/2010
“O DNJ para nós é jubilar é um tempo favorável pra profecia e missão de transformar a realidade juvenil”. Edney Santos Mendonça

BRASÍLIA - No próximo domingo (24), as Pastorais da Juventude do Brasil realizam a 25ª edição do Dia Nacional da Juventude. Neste ano em que se comemora o jubileu da atividade, os jovens escolheram como tema a Marcha contra a Violência, campanha que pontua todas as realizações da Pastoral em 2010. A ação acontece em todas as cidades do país onde existe Pastoral da Juventude no último domingo do mês de outubro, este ano as atividades foram antecipadas em virtude do segundo turno das eleições.
Junto com outras duas atividades – a Semana do Estudante e a Semana da Cidadania – o Dia Nacional da Juventude (DNJ) faz parte do calendário de atividades permanentes da Pastoral da Juventude. Todas as ações têm um eixo temático que busca incentivar os grupos juvenis a refletir sobre temas de relevância sóciocultural, com participação de outros movimentos e organizações juvenis, ressaltando o caráter amplo da proposta.
O mote “Muita festa, muita luta e muita reza” define bem o perfil da iniciativa que reúne milhares de jovens em caminhadas, marchas, manifestos públicos, seminários, debates e apresentações artístico-culturais onde pautam assuntos importantes para a defesa do país e dos direitos sociais. “Como o tema deste ano está ligado a Campanha Nacional Contra Violência e Extermínio de Jovens, estão sendo feitas marchas e caminhadas em todos os municípios em que existe alguma das PJs”, informa Edney Santos Mendonça, representante da Pastoral da Juventude Nacional no Conselho Nacional de Juventude (Conjuve).
Edney Mendonça - PJ
Ao longo dos 25 anos de existência o DNJ abordou assuntos como cidadania, direitos humanos, educação, saúde, solidariedade, entre outros. Em 2010 a ação tem como centro a defesa vida. “É a Campanha contra o Extermínio que orienta todas as Atividades Permanentes 2010”, indica a página do DNJ na Internet. Para Mendonça, o evento é mais um ponto fortalecedor da campanha. “Podemos fazer oficinas que ajudam na reflexão, atos públicos contra a insegurança em que vivem as cidades, contra o toque de recolher, contra a redução da maioridade penal”, explica.
Indo além…
A Pastoral da Juventude do Brasil é um grupo organizado da igreja católica, com linha definida e metodologia própria, aberta ao novo e acolhimento dos anseios da juventude. É composta pela: PJ – Pastoral da Juventude Nacional; PJE – Pastoral da Juventude Estudantil; PJMP – Pastoral da Juventude do Meio Popular; e PJR – Pastoral da Juventude Rural.
A PJ está no Conjuve desde sua fundação e discute o tema Políticas Públicas de Juventude desde 2000. De acordo com Edney Santos Mendonça, conselheiro da Pastoral da Juventude no Conjuve, há uma relação de troca de experiências e intercâmbio entre as duas organizações. Para ele no Conjuve “ é possível colocar a reflexão em pauta e ajudar na conquistas de direitos para juventude tendo o protagonismo juvenil como primícia”.
Ele ressalta a colaboração da PJ na construção do Encontro de Conselhos através da mobilização e divulgação da atividade, assim como na criação de novos conselhos de juventude, e na Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude. Por sua vez o Conjuve contribui como espaço plural de reflexão, amadurecimento e atuação política num campo onde o protagonismo juvenil é prioridade para a pastoral.
Saiba mais acessando:
www.pj.org.br
www.dnj25anos.redejuventude.org.br
Assista ao vídeo de apresentação da campanha:
Ana Cristina Santos
Ascom/Conjuve

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mensagem de Obrigado aos Professores

Obrigado por fazerem do aprendizado não um trabalho, mas um contentamento. Por fazerem com que nos sentíssemos pessoas de valor; por nos ajudarem a descobrir o que fazer de melhor e, assim, fazê-lo cada vez melhor. Obrigado por afastarem o medo das coisas que pudéssemos não compreender; levando-nos, por fim, a compreendê-las...Por resolverem o que achávamos complicados... Por serem pessoas dignas de nossa total confiança e a quem podemos recorrer quando a vida se mostrar difícil...Obrigado por nos convencerem de que éramos melhores do que suspeitávamos.

Aos professores de Itabira e à vocês educadores dedicados do nosso Brasil Feliz dia dos Professores!

OS JOVENS DE HOJE

TERÇA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2010

A violência na juventude muito me intriga e questiono sobre:


Jovens tão desajustados, por quê?!

Continuando minha pesquisa sobre o comportamento dos jovens de hoje, encontrei uma reportagem que me fez relembrar dois episódios bárbaros, que chocaram o país, ambos cometidos por grupos de jovens de classe média, um no Rio de Janeiro e outro em Brasília.


O primeiro se deu em dezembro de 2007, há quase três anos atrás:

um grupo de jovens bem-nascidos, de classe média,estudando em boas escolas, voltando da “balada”, resolveu se divertir espancando uma moça que estavano ponto de ônibus em uma via principal do Rio de Janeiro...

O segundo ocorreu em abril do mesmo ano, tão bárbaro e triste quanto ao anterior mencionado:

jovens da classe média de Brasília atearam fogo à um índio que estava dormindo na praça.

Meu Deus!!! O que leva nossos jovens a acharem “legal” essa atitude, a ponto de se divertirem assistindo ao sofrimento alheio... mulher espancada na calçada e homem a queimar no meio da rua?!

O que será que passa na cabeça desses jovens quando decidem cometer tal crime?! O que visualizam?! O que buscam?! A que modelo segue esses jovens?!

E suas famílias, o que dizem e como reagem... ao saberem que tamanha crueldade foi produzida por seus filhos?!

Onde está o respeito ao próximo, a compaixão, a solidariedade... qualidades estas tão ovacionadas mundo a fora, quanto a disponibilidade física e financeira de nosso povo (inclusive, daqueles de baixo poder aquisitivo) nas horas de desespero perante a catástrofes mundiais?!

Como poderemos reverter ou, pelo menos, frear esses impulsos de "prazer macabro" de nossos jovens... nossos filhos?!


Como prevenir tais comportamentos?!

Lendo artigos referentes ao tema em questão, concordo com o que escreveu Silvana Martani, psicóloga - Beneficência Portuguesa de São Paulo:

a falta de limites, pouca orientação e atenção dos pais, famílias desajustadas, 
maus exemplos, ignorância dos problemas emocionais dos filhos, uso de drogas 
aliada a idéia de que todos os problemas dos jovens são provocados pela adolescência, 
somam as condições ideais para que problemas graves se manifestem em ações violentas.

Como já abordado aqui, em postagens anteriores, Silvana também ressalta:

Muitos pais têm dificuldade de dar limites a seus filhos, de dizer não, de fazê-lo ouvir, 
de agüentar suas reações, de suportar suas impertinências, de se impor, de assumir 
que precisam de ajuda e acabam delegando essa função para a escola ou mesmo 
deixam o jovem caminhar sozinho.


Pautada em seu conhecimento técnico, a psicóloga pontua:
"A personalidade é resultado de um processo gradual que vai da infância até
a vida adulta, sendo que seu exercício pode-se modificar de acordo
 com o AUTOCONHECIMENTO.”

Os transtornos de personalidade se subdividem em várias classificações
tais são as suas variações, mas é sabido que esse tipo de patologia afeta
o modo como o indivíduo vê o mundo, o comportamento social e a maneira como
expressa as suas emoções, ou seja, caracteriza um estilo mal adaptado,
prejudicial, inflexível, capaz de comprometer toda uma existência.”

Chama nossa atenção ainda para...

Um jovem desajustado, com uma personalidade comprometida, não acorda
de manhã dessa maneira, ele mostra que não está bem aos seus pais durante
toda a vida, com uma série de atitudes que o denunciam.”

E porque alguns de nós, pais, não enxergamos isso?!

É muito difícil para os pais admitirem que seu filho tenha problemas,
pois estes problemas de alguma maneira refletem os conflitos emocionais
e estruturais dos pais, mas os adultos não são capazes de reconhecer
seus problemas nos dos filhos...”


Os pais devem estar sempre atentos aos seus filhos e se certificarem de que eles estejam sempre bem!

Na dúvida... 
Procure ajuda! Existem profissionais habilitados a cooperarem e a contribuírem nessa tarefa tão difícil que é EDUCAR.

Para saber mais detalhadamente sobre o tema acima, leia a reportagem “Filhos desajustados são reflexos de pais perturbados”, clicando no link a seguir:

http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/2819/filhos-desajustados-sao-reflexos-de-pais-perturbados

Como foi sua juventude...deu trabalho aos seus pais?! E agora, como será com seu filho?!

Fonte:http://ciranda-cirandar.blogspot.com/